Em palavras do próprio artista: “O meu respeito pela medicina do rapé é enorme e que remete há anos em minha vida. Desde que me foi apresentada, há pelo menos dez anos, quando ainda residia em São Paulo, sempre busquei criar as minhas próprias ferramentas de aplicação. A técnica dos instrumentos foi evoluindo, sendo utilizado no início o bambu como matéria-prima. O intuito sempre foi alcançar o melhor sopro, para que o rapé fluísse perfeitamente. Dos primeiros exemplares de bambu e durepox, com o simples formato em “v”, fui aperfeiçoando para modelos mais elaborados e robustos, deixando de lado a agressividade visual do durepox para que o resultado fosse o mais natural e orgânico possível. No início, os meus kuripes e tepis eram produzidos apenas para uso pessoal ou para presentear um amigo – no máximo vendia um ou outro para alguém que insistisse bastante. Mas quando a pandemia chegou e virou a sociedade de ponta cabeça, eu vi e senti o quanto o mundo estava precisando se curar e se reconectar com a natureza. E com isso, me sentindo no dever em ajudar e ser um pequeno canal para a cura chegar às pessoas, foi que surgiu o ateliê EB Arte Xamânica.”

E é assim que, inserido no meio da Mata Atlântica em Paraty, com imensa gratidão ao pai rapé e infinito respeito aos povos indígenas, o ateliê EB Arte Xamânica tem como meta levar a todo Brasil – e ao mundo – a força da floresta a todos que a buscam, pois “A cura está na reconexão com a natureza”.